Depressão Pós-Parto
A gravidez e a chegada de um bebê trazem mudanças significativas na vida de uma família. A depressão pós-parto é uma realidade na vida de muitas mães. No Brasil, uma em cada quatro mulheres apresentam sintomas no período de 6 a 18 meses após o nascimento da criança. É um problema que afeta o sexo feminino de todas as idades, etnias e classes sociais, e a quantidade de filhos não impacta nas chances de desenvolver ou não a doença.
Não há um motivo único para o surgimento dessa enfermidade, mas a principal causa está relacionada às mudanças hormonais que ocorrem no organismo da mulher durante a gravidez. Nas primeiras 24 horas após o nascimento do bebê, os níveis de estrogênio e progesterona, que estão significativamente altos, começam a cair rapidamente até voltarem a quantidade anterior.
Outros fatores que podem contribuir para essa situação são:
• Cansaço pós-parto, principalmente, se a mulher passou por uma cesárea;
• Padrão de sono irregular;
• Sentimento de medo e incapacidade de ser uma boa mãe;
• Estresse por conta da mudança da rotina e da atenção que o filho necessita;
• Sentimento de perda (sobre a situação, de identidade e do corpo antes da gestação);
• Histórico de perda fetal ou neonatal;
• Complicações na gravidez;
• Falta de apoio de amigos, familiares e parceiro;
• Gravidez não planejada e situações traumáticas no atendimento na maternidade.
Os sintomas mais comuns para essa doença são:
• Melancolia intensa;
• Desmotivação diante da vida;
• Sentimento de tristeza, inquietude, irritabilidade e culpa;
• Palpitações no coração;
• Alterações no peso (comer demais ou não conseguir comer);
• Alterações no sono (sono excessivo ou insônia);
• Cansaço extremo;
• Dificuldade de concentração e de tomar decisões;
• Ansiedade;
• Excesso de preocupação com o bebê;
• Falta de interesse em atividades diárias e vontade de prejudicar ou até fazer mal ao bebê.
Isso tudo gera consequências ao vínculo da mãe com o bebê, principalmente, na relação afetiva, porque os custos emocionais desse problema fazem com que a mãe interaja menos com a criança, que pode ter seu desenvolvimento social, cognitivo e físico afetados, visto que as mulheres nessa situação costumam amamentar pouco e não cumprem o calendário de vacinação.
No pós-parto, é fundamental ter uma rede apoio – amigos e familiares para ajudar nos cuidados com o bebê, permitindo que a mulher consiga descansar, dormir bem e ter tempo para si mesma.
O auxílio de pessoas próximas irá ajudar tanto na prevenção, como no tratamento desse problema. Vale ressaltar que a depressão pós-parto não é uma fraqueza e tem tratamento, que deve ser indicado individualmente, conforme o caso, por um psiquiatra.
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